Há algo de mágico nas paredes velhas
saturadas de letreiros papéis e fuligem
desta cidade estranha corrupta e violenta
humana apesar das moles de concreto
que querem deflorar o céu opaco
há algo de doloroso e triste
nas ruas súcias e inseguras
desta cidade vertical onde
formigam tantos homens e mulheres
que somente entendem da esperança material
há algo de formoso e grandioso
não obstante à vida agitada
desta cidade que parece não dormir
ainda que desperte a cada manhã
convulsionada agressiva e hospitaleira.